Estratégias para aumentar a cobertura vacinal: overview de revisões sistemáticas / Strategies to increase vaccination coverage: overview of systematic reviews

A vacinação é a principal ferramenta de prevenção primária de doenças e uma das medidas mais bem-sucedidas em saúde pública, com melhor custo-efetividade (ABBAS et al , 2006; WHO, 2021a). Além disso, a imunização evita incapacidades e cerca de 2 a 3 milhões de mortes, em todo o mundo, a cada ano (UE, 2020; PAHO, 2022; WATSON et al., 2022). Não obstante os esforços implementados por organizações internacionais e locais, dados da OMS apontam que a cobertura vacinal global caiu de 86% em 2019 para 81% em 2021, o que significa que cerca de 25 milhões de crianças menores de 1 ano não receberam as vacinas básicas (WHO, 2021a). Já no Brasil (Figura 1), a cobertura manteve-se estável de 1999 a 2015 e em contrapartida, em 2016 e no último triênio, apresenta tendência de queda (BRASIL, 2022b). Diante dessa realidade, objetivou-se investigar as estratégias utilizadas para ampliar a vacinação, e assim, subsidiar a formulação e tomada de decisão em políticas públicas para mitigar a baixa cobertura vacinal

Vaccination is the main tool for primary disease prevention and one of the most successful and cost-effective public health measures (ABBAS et al , 2006; WHO, 2021a). In addition, immunization prevents disability and an estimated 2 to 3 million deaths worldwide each year (EU, 2020; PAHO, 2022; WATSON et al., 2022). Notwithstanding the efforts implemented by international and local organizations, WHO data indicate that global vaccination coverage dropped from 86% in 2019 to 81% in 2021, which means that about 25 million children under 1 year of age do not received the basic vaccines (WHO, 2021a). In Brazil (Figure 1), coverage remained stable from 1999 to 2015 and, on the other hand, in 2016 and in the last three years, it shows a downward trend (BRASIL, 2022b). Faced with this reality, the objective was to investigate the strategies used to expand vaccination, and thus subsidize the formulation and decision-making in public policies to mitigate the low vaccination coverage

Vaccination coverage among foreign-born and U.S.-born adolescents in the United States: Successes and gaps - National Immunization Survey-Teen, 2012-2014.

BACKGROUND: An overall increase has been reported in vaccination rates among adolescents during the past decade. Studies of vaccination coverage have shown disparities when comparing foreign-born and U.S.-born populations among children and adults; however, limited information is available concerning potential disparities in adolescents. METHODS: The National Immunization Survey-Teen is a random-digit-dialed telephone survey of caregivers of adolescents aged 13-17 years, followed by a mail survey to vaccination providers that is used to estimate vaccination coverage among the U.S. population of adolescents. Using the National Immunization Survey-Teen data, we assessed vaccination coverage during 2012-2014 among adolescents for routinely recommended vaccines for this age group (≥1 dose tetanus and diphtheria toxoids and acellular pertussis [Tdap] vaccine, ≥1 dose quadrivalent meningococcal conjugate [MenACWY] vaccine, ≥3 doses human papillomavirus [HPV] vaccine) and for routine childhood vaccination catch-up doses (≥2 doses measles, mumps, and rubella [MMR] vaccine, ≥2 doses varicella vaccine, and ≥3 doses hepatitis B [HepB] vaccine). Vaccination coverage prevalence and vaccination prevalence ratios were estimated. RESULTS: Of the 58,090 respondents included, 3.3% were foreign-born adolescents. Significant differences were observed between foreign-born and U.S.-born adolescents for insurance status, income-to-poverty ratio, education, interview language, and household size. Foreign-born adolescents had significantly lower unadjusted vaccination coverage for HepB (89% vs. 93%), and higher coverage for the recommended ≥3 doses of HPV vaccine among males, compared with U.S.-born adolescents (22% vs. 14%). Adjustment for demographic and socioeconomic factors accounted for the disparity in HPV but not HepB vaccination coverage. CONCLUSIONS: We report comparable unadjusted vaccination coverage among foreign-born and U.S.-born adolescents for Tdap, MenACWY, MMR, ≥2 varicella. Although coverage was high for HepB vaccine, it was significantly lower among foreign-born adolescents, compared with U.S.-born adolescents. HPV and ≥2-dose varicella vaccination coverage were low among both groups.

Doenças em eliminação no Rio Grande do Sul / Diseases being eliminated in Rio Grande do Sul

Este estudo trata das doenças imunopreveníveis em eliminação nas Américas: sarampo, rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), poliomielite e tétano neonatal. A proposta de eliminação autóctone dessas doenças, no continente, aconteceu em períodos diferentes, por decisão dos países-membros da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), órgão da Organização Mundial de Saúde (OMS), em suas conferências anuais. O Brasil, como membro da OPAS/OMS, participou dessa decisão, implantou estratégias e atingiu a eliminação autóctone da poliomielite em 1994; do sarampo, em 2000; da rubéola e SRC em 2008. O tétano neonatal é considerado eliminado no país, uma vez que tem havido menos de 1 caso para cada 100.000 nascidos vivos. O Rio Grande do Sul atingiu a eliminação de todas essas doenças e mantém estratégias para sua manutenção. Para eliminação dessas doenças é recomendado implantar uma vigilância robusta e oportuna, manter altas coberturas vacinais na rotina e em campanhas e dispor de uma rede de laboratórios que permita o dignóstico e identificação de genótipos circulantes no país. Portanto, o objetivo desta publicação é descrever a experiência, os resultados alcançados e as perspectivas da vigilância epidemiológica no estado. (AU)